Budismo e Identidade Pessoal

22.3.10






"...Alheio aos extremos conceptuais do ser e do não ser, da existência e da não existência, a Natureza de Buda, no seu aspecto de vacuidade, não é uma entidade metafísica positiva, negativa ou inefável, mas a verdade das coisas-fenómenos materiais e mentais, o seu tal qual ou talidade (sânscrito: tathata) inerente à sua manifestação interdependente, sem qualquer constituição ontológica autárquica, autónoma e própria. Neste sentido, a Natureza de Buda-vacuidade é a verdade absoluta e última do mundo, de totalidade da manifestação, inseparável de cada uma e de todas as coisas. Como se diz na versão tibetana do Sutra do Coração do Conhecimento Transcendente: "As formas são vazias; a própria vacuidade são as formas, a vacuidade não é diferente das formas; as formas não são diferentes da vacuidade"."

Paulo A. E. Borges, Budismo e Identidade Pessoal

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