Libertação de Animais

1.6.09


A prática de libertar animais é comum no Budismo e em diferentes partes do mundo. Esta prática, juntamente com outras, destina-se a ajudar os seres humanos em sofrimento e baseia-se nos ensinamentos de Buda sobre a compaixão e o amor universais.

Segundo estes ensinamentos, todos os seres vivos ou sensíveis desejam alcançar a felicidade e evitar o sofrimento. Também todos estes seres já estabeleceram, ao longo de vários renascimentos, relações connosco através do ciclo de existência ou samsara. Já foram os nossos próprios parentes mais íntimos, pais, mães, filhos e filhas.

Estando conscientes deste facto, devemos assim evitar o seu sofrimento. Como todos os seres estão apegados a esta vida, a morte será para eles o pior. Como por exemplo, a dos seres que irão ser cozinhados vivos (devido ao tempo de cozedura, a dor e a diferente percepção do tempo para eles resulta muito dilatado). Daí que os Budistas privilegiem a libertação de mariscos vivos – caranguejos, santolas, amêijoas, berbigão. Também podem ser caracóis, minhocas para isco ou outros animais vendidos vivos nos mercados, como coelhos.

No dia 30 libertámos caranguejos e ficámos felizes por poder libertar espécimes tão grandes.

Libertam-se os animais nos dias de lua nova ou lua cheia, bem como nos dias consagrados do calendário Budista. Nestes dias, a energia vital está mais concentrada em nós e no mundo e os efeitos kármicos das acções positivas ou negativas multiplicam-se.

O karma positivo acumulado pela salvação de vidas é enorme e tem um poder purificador nas nossas acções negativas passadas. Também pode ser dedicado a ajudar seres que possam pôr fim à situação de sofrimento em que se encontram ou aos que estão moribundos ou já morreram.

Os benefícios desta prática não são evidentes e depende da quantidade de seres a que se destina, incluindo todos os que causem a morte a outros quer pescando, caçando, comercializando e comendo e que, no seu estado de ignorância, continuam a criar condições para passarem pelas mesmas situações num futuro próximo.

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