Procurei e, no fundo da estante, um livro bem velhinho revelou algumas surpresas.
"...Um dia, quando Milarepa saiu da gruta para ir a um refúgio ainda mais afastado, a vasilha onde cozia as urtigas quebrou-se. «Consolei-me ao pensar que tudo quanto se cria é perecível. Compreendi constituir isso uma exortação à meditação... e cantei:
"...Um dia, quando Milarepa saiu da gruta para ir a um refúgio ainda mais afastado, a vasilha onde cozia as urtigas quebrou-se. «Consolei-me ao pensar que tudo quanto se cria é perecível. Compreendi constituir isso uma exortação à meditação... e cantei:
No mesmo instante eu tinha um vaso e já o não tenho.
Este exemplo mostra toda a lei da impermanência das coisas.
E mostra, principalmente,
O que é a condição humana.
E se isto é certo, eu, o eremita Mila,
Esforçar-me-ei por meditar sem distracção.
O vaso amado que continha as minhas riquezas,
No próprio momento em que se parte, torna-se meu senhor.
Que grande maravilha
Esta lição da fatal impermanência das coisas! "
Maraini
4 comentários em "Milarepa"
Gostei de visitar o espírito do Shangri-la! Achei um blog simples e interessante, como é o budismo tibetano... Mas permitam-me um reparo: não haverá um engano na referência da data e do(a) Shangri-la? eu já pratiquei yoga na Figueira da Foz, durante alguns tempos, e desde essa data 1998, ou até antes, na tradição do budismo tibetano e esse centro de yoga, uma dependência da União Budista, era gerido por dois professores/mestres de yoga (Renato e Tozé) e a Shangri-la era apenas uma loja de artesanato nessa mesma cidade!
Obrigada pelo seu comentário.
O Shangri-La é uma simples loja de Artigos Orientais que eu criei em 1985 na Figueira da Foz.
Em 1998, o Renato abriu um espaço para a prática do Yoga que comecei a frequentar desde o primeiro dia. Esse espaço foi crescendo e as aulas eram orientadas pelo próprio e pelo Tó-Zé. Os espaços foram mudando de lugar, o Renato deixou de dar aulas e ficou apenas o Tó-Zé. Entretanto deixou de haver local para a prática e, como eu continuava aluna assídua, criei este espaço que é hoje o Shangri-La, onde durante algum tempo o Tó-Zé e o Renato foram instrutores. O Renato saiu por motivos pessoais e o Tó-Zé também. O espaço não podia desaparecer, após tantos anos de aprendizagem do Yoga, do Budismo Tibetano, do crescimento pessoal que estes Seres me transmitiram e a todos os que tiveram oportunidade de os usufruir. Por sugestão do Tó-Zé, eu devia continuar este caminho. Dei-lhe apenas o nome de Centro de Yoga e Meditação Shangri-La e continuei o seu trabalho, seguindo a mesma tradição, os mesmos mestres, os mesmos ensinamentos, a mesma delegação da UBP..
Obrigada por me fazer recordar estes bons momentos.
Que todos os seres sejam felizes!
ZÉ*
Soberbo, só mesmo como um grande mestre como Milarepa!!!
Maria José, não vou poder estar presente no seminário de dia 11 pois é precisamente no dia em que temos, aqui no Núcleo de Estudo do Dharma de Leiria, um pique-nique para juntar pessoas interessadas no dharma, reflectir, fazer um pouco de meditação e conviver.
Boa sorte para o evento.
Um abraço!
Fernando Emídio
Obrigada Fernando pelo seu carinho*
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