A consciência da fragilidade dos fenómenos faz-nos compreender que não é neles que vamos encontrar a estabilidade procurada. Nada neste mundo é fiável, nada é terra onde pousarmos confiadamente os pés. Aprendemos que a nossa ânsia de estabilidade nunca encontrará satisfação em fenómenos, objectos, pessoas e situações, cuja natureza é fragilidade e movimento. Essa compreensão levanta em nós questões importantíssimas: como dar sentido à vida de forma permanente? Como continuar a ter vontade de viver quando se perdeu tudo aquilo que mais se amava? Procurar resposta para tais questões remete-nos para a ideia de transcendência.
A nossa vida, muitas vezes, não é mais do que um grande filme impermanente em todos os momentos.
Devido a toda esta constante impermanência, este mês não haverá "Vamos Tomar Chá ao Shangri-La" com a habitual sessão de cinema.
(adaptado do livro "A Arte da Vida "de Tsering Paldrön, Ed. Pergaminho)
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