Não Faças nada

19.1.11

Espera um pouco: não faças nada o silêncio
Decompõe as cores desse país solar ondas
De silêncio negado multiplicado escuta
Um pouco: Ouve o sangue da luz a luz que circula
Na matéria vulnerável do teu corpo. Espera
Um pouco: O deus que não tenho não é um objecto
Insensível e pouco intelegível
Como o deus desenhado pelos teólogos. Ouve
As tuas árvores as mãos que tecem e destecem
As rugas do mar trémula violência
De cada acto: O que te peço é que não faças nada
A não ser o silêncio: Espera um pouco.

Casimiro de Brito

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